Idade e salário n?o podem ser os únicos critérios de desligamento.
Homem branco, com cabelos brabcos, óculos, vestindo camisa azul e camiseta branca trabalha no laptop (Depositphotos)

闭口长什么样子

百度 推广使用“妇联通”云办公平台,已录入专兼职妇联干部70多万人,形成六级妇联组织和干部即时连通的辐射效应。

Quem faz isso joga conhecimento acumulado no lixo.

Desde que me interessei em ler e estudar a pauta da diversidade e inclus?o percebi que os objetos de estudo est?o, em sua maioria, focados nas quest?es raciais, de gênero e deficientes.?Legítimo, sem dúvida, pela urgência de repara??o e como forma de pressionar a inclus?o destes grupos minorizados que historicamente foram impedidos de ocupar posi??es no mercado de trabalho. E sem que haja intencionalidade os processos de recrutamento das principais empresas sempre ter?o vícios de impedimento para pretos, LGBT′s e pessoas com deficiência. Porém, tem um grupo, no qual eu me incluo, que pode estar dentro de qualquer um destes grupos: os 50 + . E estamos sendo deixados de lado nos quadros funcionais

Muito se fala sobre o “novo idoso” na sociedade. S?o ativos, empreendedores (falácia liberal mas tudo bem) e gra?as a medicina diagnóstica, a indústria farmacêutica e um processo incansável de convencimento dos que prezam pela saúde de nos convencer a ter uma vida mais saudável, mais ativa e consequentemente mais duradoura. Apesar da pandemia do Coronavírus ter nos roubado dois anos de expectativa de vida – a primeira queda desde 1940 segundo o IBGE – ainda vamos viver mais. Pelo menos até os 74, 75.

Porém, e sempre haverá “um” porém, depois de um movimento que parecia ser duradouro de manuten??o e inclus?o de profissionais com mais idade no mercado parece que tudo arrefeceu. Considero que mesmo quem busca inova??o n?o pode abrir m?o da experiência acumulada dos que se desenvolveram ano após ano, sinto que estamos dando um passo atrás. Ou mais de um, infelizmente.

E eu pergunto: em qual momento ter experiência e salário mais alto – e n?o estamos falando de nenhuma fortuna mensal – s?o critérios mais importantes na decis?o de cortar cabe?as desconsiderando o que a experiência pode proporcionar aos que est?o chegando? Além do conhecimento técnico me refiro a responsabilidade, pontualidade, organiza??o e entrega de resultados. Alguns v?o trazer o discurso de que os mais jovens tem uma forma de trabalhar que difere dos mais velhos. Entendo e respeito, mas será que n?o da pra somar em vez de dividir, ou pior, descartar.

Sempre entendi a rela??o das empresas com seus trabalhadores como sendo de “ganha-ganha”. Bom para os dois lados. Mesmo que para um seja sempre mais. Agora n?o vou negar que também aprendemos muito. Acumulo de conhecimento e experiência resultado da dedica??o às empresas que nos pagam todo mês. Considerando que os processos de desligamento, de cortes de or?amento sempre v?o "respingar" no quadro funcional e, por elimina??o, os mais velhos é que ser?o os demitidos, o que as empresas esperam quando demitem profissionais a partir de idade e salário? Conseguem calcular o custo que será formar novos profissionais até que eles tenham os mesmos resultados dos anteriores? Lembrando que quem sai se qualificou ano após ano mas que sem nenhuma documenta??o dos processos implantados – muitas empresas n?o documentam processos -, sair cortando de uma hora para outra, sem planejamento, sem avaliar se quem vai para a posi??o está pronto para substituir da para esperar resultados a medio prazo ? E que sem avaliar o impacto que terá nos resultados treinar os novos terá um custo indireto que pode superar muito o que foi cortado ?

Quem sou eu para dizer como grandes empresas devem tratar seus funcionários e seus processos de substitui??o funcional. Por outro lado, me sinto bastante confortável para dizer o quanto de conhecimento bruto est?o despejado no mercado no momento em que cortam pessoas por salário, e consequentemente, por idade. E enquanto os velhos s?o "desligados da empresa", aqui fora quem tiver vis?o de futuro - lembra que n?o pretendo morrer antes dos 80? - vai poder “beber” em doses generosas esse conhecimento que acumulamos ano após ano.

Nelio Horta

Diretor de Produ??o em Agência Eko.

Denise Falsetta Barbosa

Roteirista / Editora de texto e conteúdo

3 a

O etarismo é um problema a ser encarado. e podemos argumentar, por exemplo, que a popula??o de 60 anos ou mais dobrará até 2050. Os mais velhos deveriam ser incluídos em todos os processos de mercado porque s?o um público que poderia falar de igual para igual ao consumidor mais idoso. Imagine na área da comunica??o como o fator idade seria bem aproveitado, assim como em outros segmentos.

Jose Moreno Paredes

Engineering Manager at AD-Digital - Broadcast Engineer - Project Management MBA - Co-Founder at Pyxis Midia e Tecnologia

3 a

Excelente texto Nelio. Compartilho do mesmo pensamento.

Daniela Augusto Ferreira

Public Relations / Communications / Administration

3 a

Infelizmente é isso mesmo que acontece. As empresas sempre ter?o alguém para colocar no nosso lugar por um salário mais baixo que o nosso. A gente perde, mas a empresa perde também. Pode apostar. E muitas vezes n?o volta atrás para n?o dar o bra?o a torcer.

Marcelo Rosa

Jornalista | Analista de Comunica??o | Executivo de Contas | Rela??es Públicas

3 a

Concordo! ótimo texto.

Adriana Gon?alves

Engenheira de Seguran?a do Trabalho - Em busca de novas realiza??es

3 a

Nélio, perfeito! Muitas empresas ainda lidam apenas com números e se preocupam com quantidade e n?o com a qualidade. Mas nossa gera??o possui muito otimista e criatividade para sobreviver.

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